Nota de Esclarecimento

O Poder Legislativo esclarece que não participou de qualquer reunião para elaboração do plano de volta às aulas presenciais.

 

O Poder Executivo Municipal afirmou em diversas matérias jornalísticas que o Poder Legislativo é um dos membros do Grupo de Trabalho para a elaboração do Plano de Retomada da Volta às aulas de Nova Friburgo dando, assim, a entender que a Câmara Municipal teria participado desta ação e da construção das medidas de retorno das atividades escolares.

No entanto, a Casa Legislativa deixa claro que, apesar de fazer parte do Grupo de Trabalho acima mencionado e do Conselho Municipal, em nenhum momento, foi convidada a participar das reuniões que resultaram na produção do Decreto nº 891/2021 bem como do Plano de volta às aulas presenciais. Tanto que em matéria veiculada pelo Jornal A Voz da Serra em 09/02/2021, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE) reconhece a exclusão do Poder Legislativo na elaboração do Plano ao citar que a “Câmara Municipal foi posta de lado nesse importante debate”.
Importante ressaltar o alto risco de volta às aulas presenciais nas condições atuais, quando escolas estão fechadas por falta de manutenção, dobrando o número de alunos da instituição que os recebe, multiplicando o número de passageiros que usarão o transporte coletivo, sem vacinação dos profissionais de educação e, como não há previsão de vacina para crianças, coloca em circulação milhares de pequenos vetores de transmissão do vírus que pela idade, possuem menor capacidade de precaução.

“Não sou contra os estudos e nem estou dizendo que a educação não é importante, mas sou contra porque ainda temos uma infraestrutura muito precária para voltar. Estamos falando de saúde pública. Eu entendo que o melhor cenário para a retomada das aulas seria após a imunização de, pelo menos, das categorias envolvidas no setor da educação”, disse Maiara Felício, Presidente da Comissão de Educação e Cultura.

O presidente da Câmara, vereador Wellington Moreira, não admite qualquer responsabilização do Poder Legislativo por uma decisão arbitrária da prefeitura, com embasamento que não encontra respaldo na realidade municipal e que pode trazer graves consequências em termos de saúde pública. “Não participamos do debate sobre o tema apesar de citados como membro do Grupo de Trabalho. O risco é enorme e a saúde da população não pode ser deixada de lado, mesmo que as crianças sofram com o isolamento, ele é muito menos doloroso que a perda de um familiar. Nossa luta maior ainda é contra o covid-19 e em prol da vida.” destacou o presidente.